domingo, novembro 27, 2005

M I S S A

O Concílio de Trente, aglutinou os encontros dos católicos e grande parte do significado que por uso e hábito os motivava, instituindo a obrigação legal,canónica, de ir á Missa, estruturando e hierarquizando a cerimónia e a solenidade envolvente, sem as quais não há Missa.

Pela doutrina do Concílio de Trente, a Missa passou a simbolizar o sacrifício da Nova Lei, em que Cristo se oferece e imola sob as espécies de Pão e Vinho, que por ministério de um Sacerdote reconheceremos o supremo domínio de Deus,e, nos aplicará as satisfações e méritos da sua paixão.

Nesta decisão, encíclica Papal de Trente, vigorou o conceito de caridade na interpretação gastronómica da ultima ceia. Por isto se percebe a opção de elevar a simbolos biblicos o Pão e o Vinho, ou seja, a parca açorda com que a maioria já à milénios iludia a fome, - AS SOPAS DE CAVALO CANSADO.

Recuperando ou apagando hábitos e usos plebeus, desde aquele Concílio até hoje, existem dezenas de tipos de missas institucionalizadas pelo direito canónico, é a Missa dos Anjos, a Missa do Galo, a Missa Sêca, a Missa Calada, a Missa do Defunto, a Missa d'Alva e um nunca mais acabar de missas, que por missão me encarrego de referir nas homílias das próximas missas.

Na minha homília de hoje pretendo exaltar a necessidade de estarmos vigilantes, pois Portugal ficará impedido de poder realizar nos próximos tempos qualquer Missa de Cúculo. Os Bispos D. António de Torgal e D. António Marcelino já ameaçaram o Governo de uma posição firme se a lei (já com trinta anos) que impede a fixação de crucifixos (ou outros simbolos religiosos)nas instituições públicas de ensino, for aplicada. Até indicaram a data e o anúncio da sua posição. Será no dia 13 de Dezembro num conclave sob a égide do Imaculado Coração de Maria.

Em Portugal estão registadas 76 confissões religiosas, significa que à imagem de um tratamento igual, verificando-se cedência na aplicação da lei, em muitos casos, a arquitectura dos estabelecimentos de ensino teriam de ser alterados, para poderem integrar em cada sala tanta simbologia.

Por isto, esta grande bronca laica vai impedir que se realizem Missas de Cúcula. Mas o que nos deve de incomodar é o despropósito de este assunto reaparecer nesta conjuntura. Será obra conventual da abadia do SIS?, ou mais uma ajudinha secreta do intriguismo PSócrates à eleição de Cavaco?.
Se se trata apenas de coincidência, então a nossa vigilãncia deverá virar-se em exclusivo para a Igreja, pois enquanto decorria cá o Congresso da Evangelização, em Madrid, realizava-se uma manifestação congregando a extrema direita, mobilizada pelos
católicos, com a presença de Bispos e Patriarcas exactamente pelos mesmos motivos que por cá se assanharam.

Que se lixem as Missas de Cúcula!?
Temos é de mandá-los todos à Missa pelo dicionário plebeu. Significou à centenas de anos mandá-los bugiar; mandá-los à fava. Hoje com nova terminologia, mandá-los à missa, é mandá-los à merda!

1 comentário:

Anónimo disse...

Belo sermão.
Se destes houvesse na missa isto não estava como está.