Não sei se foi por causa das surpresas eleitorais, mas o que é facto é que o STAPE, que nos deveria dar os resultados online, falhou! Logo na ocasião em que é preciso, falha! TV's, Rádios, Jornais, candidatos, boys à espera da sorte, roeram as unhas de nervoso por não saberem nada dos resultados. Ainda hoje, quem quiser consultar o site do STAPE (Secretariado Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral), não consegue saber os resultados oficiais. mesmo assim, vale a pena tentar mais tarde para saber tudo sobre os 308 Concelhos do País, Freguesias, Assembleias Municipais. vão a www.stape.pt e reparem nas surpresas.
Viva a Península de Setúbal, com a sua afinidade à esquerda! Ao menos somos diferentes do resto do país! Aqui quem manda é a Esquerda pura e dura! Abraço e Parabéns ao Barreiro, Moita, Alcochete, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Palmela, Almada. Está na hora do Montijo livrar-se daquela pequena peixeira ditadora, que criou sarilhos por causa dos SARILHOS do Concelho da Moita. Nós não nos esquecemos!
Obrigado ao Jornal do Barreiro, ao diariodobarreiro.com, ao Notícias do Barreiro e da Moita, ao Rostos, pela demagogia, pelas falsidades, pela propanganda. Foram eles que ajudaram ao enterro do PS. (Como é possível que o diariodobarreiro.pt tenha publicado na sexta-feira, dia 07 Outubro, uma entrevista com o Ex-presidente, Emídio Xavier? Não há descaramento? Vejam o site, vão cá abaixo às notícias dos últimos dias e vejam a grande entrevista. No Rostos a mesma coisa, entrevista exclusiva! vão a rostos.pt. Hoje estão todos vermelhos de inveja! Ou será que coraram rosa? Obrigado Jornalistas (In)Dependentes do poder vigente! vocês são mesmo o Quarto poder! Ou seja, só vos consigo poder ler no meu quarto escuro, bem escuro!
1 comentário:
passadas que são as eleições podemos agora ter tempo para ler estórias de encantar.
aqui deixo uma de Bertolt Brecht.
Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos?
Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adoptariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo.
Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direcção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.
O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências.
Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói.
Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.
Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.
Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc.
Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar.
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