A propósito dos Ajustes Directos promovidos pelo Município da Moita, divulgados no "Olho do Falcão", podendo escapar-me algum, não observei nada que já não soubesse, que os membros da Assembleia Municipal e dos demais orgãos autárquicos deste Concelho não conheçam. Considero mesmo que todos os ajustes lá descritos foram e são informação ao alcance da generalidade da população, de onde destaco o periódico Boletim Municipal, as sessões públicas da Câmara e Assembleias Municipais.
Sabe-se que a figura "Ajuste Directo", é prática corrente, mesmo generalizada nas autarquias de todo o país, sustentada por legislação específica que determina limites e âmbitos para o seu uso.
Dizem os entendidos e defensores desta lei, (ainda recentemente viram ampliados os limites para o seu uso) tratar-se da única forma de contornar a exigente burocracia dos concursos públicos, e deste modo previligiar a informalidade atingindo uma maior eficácia e rapidez na concretização dos objectivos, logo um melhor serviço à população. Havendo verdade nisto, porém, encontram-se em dois anos mais de 6 milhões de euros no uso da "informalidade legal" Ajuste Directo neste Concelho, que sendo menos que em outros mais próximos, não deixa de ser um exemplo susceptível a considerações para todos os gostos.
Mediante isto e tendo como certeza que ao nível local pela proximidade, a democracia não perde com o recurso à informalidade, mas de que o seu uso abusado, menor transparência, a democracia se abandalha - considero que os concursos públicos deveriam ser desburocratizados, estruturados em função da dimensão, complexidade e montantes envolvidos, (uma ponte sobre um ribeiro não é o mesmo que a ponte Chelas/Barreiro) aumentando a responsabilização de quem se declara concorrente, arriscando fortes penalizações por quebra de compromissos ou falsas declarações, aligeirando-se deste modo o tempo de avaliação e de adjudicação - reduzindo ao mínimo o recurso ao Ajuste Directo.
Fora isto, desejo que todas as obras referenciadas no Olho do Falcão ainda não concluidas, se concretizem com sucesso.
Pois é, mas muitos dos munícipes nem lhes passa pela "telha" os valores e as empresas destes ajustes directos.
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