Quem conhece Saramago, quem a ele teve alguma proximidade, não se espanta, sabe que ele é assim.
As tentações Iberistas, ao longo de séculos nunca desapareceram da mente de muitas inteligências dos dois lados da fronteira, nunca vingaram, e hoje menos hipóteses terão - a Espanha não é uma nacionalidade acabada, Portugal é, e não será a supremacia económica, financeira ou mercantil de Espanha que alterará tal facto.
Neste tempo, a reafirmação das nacionalidades no quadro da UE, mais cedo do que tarde irão estar na ordem do dia, em resultado dos sucessivos tratados e da actual esgrima sobre a disfarçada Constituição Europeia, que os politicos eleitos por fidelidade ao capital pretendem impôr aos respectivos povos e países. Continuando assim o processo de perca de soberania, a par da diluição dos poderes politicos nacionais.
A actual e atribulada "globalização" em curso, entre outros objectivos do capital que a comanda, aponta neste rumo.
Por isto, profetizo grandes broncas.
O Iberismo não tem assim espaço nem sentido, não passa de uma secular paranóia, talvez dos tempos da Lusitânia por a capital ter sido em Mérida.
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