quinta-feira, março 23, 2006

Prima Vera

Prima Vera
da desordem e do caos
das chuvas ácidas
nas rugosas faces bulímicas

Uma astuta cabeça
suga o sangue dos demais
e a perfídia e o sexo
são catarses do corpo

Prima Vera
dos destroços e dos náufragos
da sonolência iridiscente
da comezaina vida
do quotidiano

Outra cristalina morte
na margem do rio
A fétida imagem das
nossas ambições

Prima tortuosa
e Vera, plena de langor
aniquilada da congestão
das opíparas verborreias
dos mortais

Poluições à parte,
a vida é um mar salgado
de remorsos e marés
que nos atiram para a
praia dos encantos

Secretos encantos
de uma tormenta solitária
de um ameno repousar
nas nossas emoções.

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