Eis pois a hora do adeus. É triste o fim do Verão.
Despede-se sem prazer, porque ele sabe que será
sempre o rei das festas. E vem o Outono tamborilar
as nossas faces que se enrugam e os cabelos agitados
ao frondoso mar revolto. Depois, é a sina! Ler nas mãos
dos homens e olhar na névoa o burburinho dos dias.
Já cheira a castanha assada e sabe a doce aquela batata
que se assa na lareira da intimidade. As folhas são de uma
policromia variada e atraente. Seduzo-me pelos matizes
em que me encontras: pálpebras desvairadas no cotão
dos abraços, longas pestanas lacrimejantes de tanto sonhar.
Digo adeus à hora em que te vi. É diáfano o Outono do amor!
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